Revolta

Eras o meu herói sem capa.

E achava que em cima dos teus ombros era o sítio mais alto do mundo.

Um mundo que me deixou cega.

Não me deixava ver que eras tu quem causava os incêndios todos os dias.

Tornavas o meu lar num campo de batalhas todos os dias.

Onde dançavas todos os dias em cima das lágrimas da guerreira.

E todos os dias havia fogos de artifício, porque eras tu quem ganhava.

E mesmo perdendo quem mais amavas.

A luz que iluminava os teus dias.

O sol que te aquecia.

A crueldade conseguiu ser mais forte.

É como se te alimentasses da dor.

Hoje és tu quem me assombra nos meus sonhos.

Tornaste-te na claridade que desaparece na escuridão.

A pessoa que me acariciava é hoje quem me destrói.